Gênero: Drama/Biográgico
Ano: 2017
Diretor: Daniel Rezende
Cinebiografia de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do
palhaço Bozo no programa matinal homônimo exibido pelo SBT durante a década de
1980. Barreto alcançou a fama graças ao personagem, apesar de jamais ser
reconhecido pelas pessoas por sempre estar fantasiado. Esta frustração o levou
a se envolver com drogas, chegando a utilizar cocaína e crack nos bastidores do
programa.
Os anos 80 no meu entender foram reflexos do que
aconteceu nos anos 70, época de loucuras piores, portanto tudo o que achamos
absurdo neste filme era normal naquela época, hoje colocamos a mão na boca como
se fosse uma heresia tamanha, o cinema nacional pornográfico com seus roteiros
rasos dando uma desculpa para os atores tirarem a roupa, a televisão apelativa
com fome de audiência, músicas de duplo sentido onde o importante é colocar, no
sentido figurado, um boi no meio da sala e incomodar a família, parece uma
piada, este é o retrato de uma época que formou este geração que está ai hoje.
No meio disso vemos um personagem triturado pelo jogo não
podendo usar a sua vaidade de artista,
como se tivesse vendido a alma para o sistema, se vendo como mais uma peça do
jogo da TV, e com certeza como uma laranja chupada e esmagada até a última gota
de suco, um filme bom como um documentário.
Para Conhecimento:
Estreia de Daniel Rezende como diretor.
Inicialmente seria Wagner Moura o intérprete de Arlindo
Barreto, mas ele teve que desistir do projeto devido à agenda de divulgação da
série Narcos.
Filme inspirado no Bozo, personagem que foi criado por
Alan Livingston em 1946 e que ganhou popularidade no Brasi após ser exibido em
um programa pela emissora SBT.
Arlindo Barreto, ex-Bozo, revelou que era viciado em
cocaína e que a droga o matinha motivado a trabalhar por tantas horas seguidas.
O nome Bozo não foi utilizado no filme devido a questões
de direitos autorais.
Vladimir Brichta perdeu oito quilos para fazer o
personagem e também fez aula de circo.























