Brigitte Bardot
Brigitte Anne-Marie Bardot
Paris, 28 de Setembro de 1934
Filha de Louis Bardot um industrial
da alta burguesia francesa e Anne-Marie, quatorze anos mais jovem casaram-se em
1933. Ela recebeu influência da mãe nas artes da dança e música. Em 1947, foi
aceita no conservatório de dança e música de Paris e cursou as aulas de balé
por três anos.
Com o apoio e incentivo da mãe,
começou a fazer trabalhos de moda em 1949, aos quinze anos, e em 1950 foi capa
da edição de março da revista Elle francesa, trabalho que chamou a atenção do
então jovem cineasta Roger Vadim. Vadim mostrou a capa da revista ao cineasta e
roteirista Marc Allégret, que convidou Brigitte para um teste para seu filme
"Les lauriers sont coupés". BB foi escolhida para o papel, mas o
filme acabou não sendo realizado. Mesmo assim, esta oportunidade fez com que
ela pensasse em se tornar atriz. Mais do que isso, seu encontro com Vadim, que
assistiu ao teste, iria influenciar sua carreira e sua vida.
Brigitte Bardot estreou no cinema
aos 17 anos no filme Le Trou normand (1952) e no mesmo ano, após dois anos de
namoro à revelia dos pais, casou-se com Roger Vadim. Em seu segundo filme,
Manina, la fille sans voile , suas cenas de biquíni fizeram com que seu pai
recorresse à Justiça para impedir que as cenas fossem levadas ao cinema, sem
sucesso.
Entre 1952 e 1957 ela fez dezessete
filmes, nenhum de grande sucesso, dramas românticos ou históricos, sendo três
filmes em inglês, entre eles Helena de Tróia, mas foi o grande centro de
atenção da mídia presente ao Festival de Cannes de 1953. Vadim não estava
contente com isso e achava que Bigitte estava sendo subestimada pela indústria.
A nouvelle vague francesa, inspirada no neo-realismo italiano, estava começando
a crescer internacionalmente e ele, acreditando que Bardot poderia estrelar
filmes de arte nessa linha, a escalou para o papel principal de seu novo filme,
E Deus Criou a Mulher (1956), com a então jovem sensação masculina do cinema
francês, Jean-Louis Trintignant. O filme, sobre uma adolescente amoral numa
pequena e respeitável cidade do litoral, fez um grande sucesso - e causou
grande escândalo - mundial, transformando BB num sex-symbol, com suas cenas de
nudez correndo as telas de cinema de todo o mundo.
Na moralista Hollywood dos anos
1950, onde o maior símbolo sexual, Marilyn Monroe, no máximo havia aparecido
nas telas de maiô, seu perfil erótico a transformou numa aposta arriscada para
os estúdios, e isso, além de seu sotaque e seu inglês limitado, a impediram de
fazer uma grande carreira no cinema norte-americano. De qualquer modo, ela se
tornou a mais famosa atriz européia nos Estados Unidos e permanecer na França
beneficiou sua imagem. Durante a década de 1960, quando a Europa,
principalmente Londres e Paris, começou a ser o novo centro irradiador de moda
e comportamento e Hollywood saiu por um tempo da luz dos holofotes, ela acabou
eleita a deusa sexual da década.
Bardot se divorciou de Vadim em 1957
e dois anos depois casou-se com o ator Jacques Charrier, que lhe deu seu único
filho, Nicolas-Jacques Charrier, e com quem estrelou Babette Vai à Guerra
(1959). Seu casamento foi alvo constante dos paparazzi e houve choques e
mudanças no rumo de sua carreira. Seus filmes se tornaram mais substanciais,
mas isto trouxe uma grande pressão tornando dúbio o seu status de celebridade
do cinema, pois ao mesmo tempo em que tinha aclamação da crítica na França,
continuava sendo a bombshell glamourosa para o resto do mundo.
Em 1962, filmou com Louis Malle e
Marcello Mastroianni Vida Privada, um filme quase autobiográfico sobre uma
celebridade do cinema sem vida pessoal, graças a perseguição constante da
imprensa. Pouco depois deste filme, BB retirou-se da vida agitada das
metrópoles európéias para uma vida de semi-reclusão, mudando-se para uma mansão
(La Madrague) em Saint Tropez, no sudoeste da França.
Em 1963 ela estrelou o aclamado
filme de Jean-Luc Godard, O Desprezo, e pelo resto da década seu mito de ícone
sexual foi alimentado por filmes como Histórias Extraordinárias, com Alain
Delon, Viva Maria! com Jeanne Moreau e As Noviças, com Annie Girardot, entre
outros e vários musicais de televisão e gravações de discos produzidos por
Sacha Distel e Serge Gainsbourg.
Filmografia
1973 DON JUAN
1971 LES PÉTROLEUSES
1971 BOULEVARD DU RHUM
1970 LES NOVICES
1969 LES FEMMES
1968 SHALAKO
1968 HISTOIRES EXTRAORDINAIRES
1965 VIVA MARIA!
1963 LE MÉPRIS
1962 VIE PRIVÉE
1961 AMOURS CÉLÈBRES
1960 LA VÉRITÉ
1959 BABETTE S'EN VA-T-EN GUERRE
1957 UNE PARISIENNE
1956 ET DIEU… CRÉA LA FEMME
1956 HELEN OF TROY
1952 MANINA, LA FILLE SANS VOILE





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