Ben-Hur
Título Original: Ben-Hur
Gênero: Épico
Tempo de Duração: 219 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 1959
Estúdio: MGM
Direção: William Wyler
O príncipe judeu Judah
Ben-Hur vive com sua família na Judéia, na época em que Jesus começa a ser
conhecido por sua pregações. Seu amigo de infância, Messala, é agora um
ambicioso tribuno romano. Quando Ben-Hur se recusa a denunciar outros
judeus para desarticular uma possível revolta contra os romanos, Messala
aproveita a primeira oportunidade para se vingar de seu antigo amigo.
Um acidente durante a visita
do novo governador da Judéia faz com que pese sobre ele a acusação de
responsável pelo atentado. Assim, apesar de inocente, Ben-Hur é condenado
às galés, enquanto sua mãe, Miriam, e sua irmã, Tirzah, são presas e enviadas
às masmorras pelo próprio Messala.
Uma vez nas galés, ele salva
o comandante da esquadra, Quintus Arrius, o qual, como prova de gratidão, o
adota como filho e lhe dá pleno controle sobre o estábulo de cavalos de corrida.
Ao retornar a Judéia, agora
como cidadão romano, Ben-Hur parte em busca de sua família e é informado que
todos estão mortos.
Desafia, então, Messala para
uma corrida de bigas. Durante a corrida, Messala acidenta-se ao tentar
atingir Ben-Hur com o chicote, caindo de sua biga e sendo pisoteado pelos
cavalos. Ben-Hur vence.
Antes de morrer, porém,
Messala revela o verdadeiro paradeiro de sua família - o vale dos
leprosos. Depois da morte de Messala, Ben-Hur depara-se com seu grande
desafio - perdoar.
Um filme de grande números para
época em que foi gravado, Jesus ainda não aparecia de frente.
Partindo de um ótimo roteiro,
Wyler realiza um magnífico trabalho que fala de ambição, traição, vingança,
bondade, amor e perdão. O valor dramático é fantástico e a história é
cativante, o que faz com que as 3:40horas de projeção passem sem ser notadas.
A cena das bigas umas das
cenas mais marcantes do cinema mundial.
Para
Conhecimento:
Ganhou 11 Oscars, nas
seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Charlton
Heston), Melhor Ator Coadjuvante (Hugh Griffith), Melhor Direção de Arte - A
Cores, Melhor Fotografia - A Cores, Melhor Figurino - A Cores, Melhores Efeitos
Especiais, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora e Melhor Som.
Ganhou 3 Globos de Ouro:
Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor e Melhor Ator Coadjuvante (Stephen Boyd),
além de ter recebido um prêmio especial, dado a Andrew Marton, devido à sua
direção na cena da corriga de bigas em Ben-Hur.
O ator Burt Lancaster recusou
o papel de Judah Ben-Hur porque, segundo o ator, a história continha morais
violentas as quais discordava. Além de Lancaster, os atores Marlon Brando e
Rock Hudson também recusaram o papel-título de Ben-Hur.
A produção de Ben-Hur foi uma
bem-sucedida tentativa da MGM de sair da ameaça de falência.
Gore Vidal declarou certa vez
que o roteiro original previa um relacionamento homossexual entre Ben-Hur e
Messala. Como o diretor William Wyler sabia que Charlton Heston nunca aceitaria
interpretar um personagem com nuances homossexuais, Vidal instruiu Wyler a
apenas contar a Stephen Boyd, intérprete de Messala, sobre este relacionamento.
Este fato pode ser notado no próprio filme pelas diferenças no modo de falar de
Ben-Hur e Messala.
A MGM, produtora do filme,
queria que um autêntico barco romano fosse utilizado nas cenas de batalha de
Ben-Hur. Para tanto, contratou um engenheiro que havia estudado durante toda
sua carreira arquitetura romana. Quando ele apresentou o design do barco aos
engenheiros da MGM, estes disseram que o barco afundaria, pois era muito
pesado. Ainda assim o barco foi construído e, ao ser colocado no oceano,
inicialmente flutuou. Porém, logo após uma pequena onda fez com que o barco
afundasse. Deste modo, a MGM resolveu colocar o barco em um gigantesco tanque
onde suas cenas seriam rodadas, com cabos prendendo o barco ao tanque.
Após a construção do tanque,
um problema enfrentado era conseguir dar à água o tom azul-mediterrâneo
necessário para que as cenas ali rodadas parecessem reais. A água inicialmente
era marrom e escura e, para conseguir a tonalidade de cor necessária, foi
utilizado um composto químico que, apesar de fazer com que a água ficasse azul,
fez também com que fosse formada uma crosta em toda a superfície da água, que
precisou ser toda retirada do tanque por operários da MGM.
Durante as filmagens de uma
das cenas de batalha realizadas no tanque, um dos extras caiu na água e lá
ficou por muito tempo. Ao sair, este extra estava totalmente azul e teve seu
salário pago pela MGM até que a cor saísse de sua pele.
Só a construção do circo para
a corrida de quadrigas (na Cinecittà, em Roma) custou 1 milhão de dólares.
Nessa sequência - dirigida em 94 dias por Andrew Marton, Mario Soldati e Yakima
Canutt, especialista em cenas de perigo - , utilizaram-se cinco câmeras, 8.000
extras e 76 cavalos.
Apesar de haver na Itália
cavalos brancos, os quatro cavalos brancos utilizados durante as filmagens
vieram da Tchecoslováquia, trazidos na primeira classe de um avião fretado para
o transporte e que teve seus assentos retirados.
O estádio confeccionado para
Ben-Hur foi feito seguindo detalhes do estádio utilizado na versão da história
lançada nos cinemas em 1926.
Após o término das filmagens,
os cenários utilizados em Ben-Hur foram todos destruídos por ordem do produtor
Sam Zimbalist, que temia que eles fossem utilizados em produções menores
realizadas por produtores italianos.
Miklós Rózca compôs a trilha
sonora de Ben-Hur em 8 semanas.
Esta é a 3º adaptação para as
telas de cinema de Ben-Hur. As anteriores ocorreram em 1907 e em 1926, ambas
sendo mudas e também se chamando Ben-Hur.
Ben-Hur é um dos recordistas
de Oscars recebidos, com 11 estatuetas, estando empatado com Titanic (1997) e O
Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (2003).




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