TOMORROWLAND
- UM LUGAR ONDE NADA É IMPOSSÍVEL
Nome
Original: Tomorrowland
Gênero:
Ficção
Ano
de Lançamento: 2015
Estúdio:
Disney
Direção:
Brad Bird
Casey
Newton é uma adolescente com enorme curiosidade pela ciência. Um dia, ela
encontra um pequeno broche que permite que se transporte automaticamente para
uma realidade paralela chamada Tomorrowland, repleta de invenções futuristas
visando o bem da humanidade. Ela logo busca um meio de chegar ao lugar e, no
caminho, conta com a ajuda da misteriosa Athena e de Frank Walker, que esteve
em Tomorrowland quando garoto mas hoje leva uma vida amargurada.
Este
foi um filme que ficou envolto em muito mistério seus trailers eram
misteriosos, prometiam alguma coisa maravilhosa e não foram chamativos o
suficiente para atrair um grande público, o filme foi considerado um fracasso
por não ter coberto os custos.
O
que pode ter dados errado? Acho que a promessa de mostrar o Tomorrowland era
tão bonita tão charmosa que quando a real aparece, aparece tão pouco que parece
bem decepcionante, acredito que poderia evoluir mais.
Para
Conhecimento:
O
diretor e escritor Brad Bird conhece bem o mundo da Disney e não é só por ter
trabalhado em seus filmes anteriores. Aos 11 anos, ele começou a se interessar
por animação e ao longo de três anos fez um filme de animação de 15 minutos que
chamou a atenção da Disney Animation, que ofereceu ao menino, então com 14
anos, um mentor - o famoso animador Milt Kahl. Bird ficou com um amigo da
família em Los Angeles e aproveitou a oferta única.
Quando
o conceito de Tomorrowland - Terra do Amanhã (Tomorrowland) ainda estava se
formando na cabeça do escritor e produtor Damon Lindelof, Sean Bailey,
presidente de produção da Disney falou a ele sobre uma caixa que havia sido
descoberta por acaso em um armário do estúdio. A “caixa misteriosa” continha
todo tipo de modelos e plantas, fotografias e cartas fascinantes que pareciam
ter relação com a origem de Tomorrowland e da Feira Mundial de 1964. Lindelof
imaginou que essa descoberta era um guia para uma história secreta que ninguém
conhecia; um lugar chamado Tomorrowland que não era apenas um parque temático,
mas que existia em algum lugar no mundo real. Isto se tornou o ponto de partida
da história de Tomorrowland - Terra do Amanhã (Tomorrowland) que Lindelof
desenvolveria mais tarde com o diretor e produtor Brad Bird e o produtor
executivo Jeff Jensen.
Ao
recriar a Feira Mundial de 1964 para o filme, os cineastas tiveram a sorte de
descobrir que uma das peças mais icônicas, a Unisfera, estava, na verdade, em
Flushing Meadows, Nova York, do lado de fora do USTA National Tennis Center. As
fontes do enorme globo ainda estão no lugar, assim como os jardins. Os
cineastas enviaram um fotógrafo para Nova York para tirar fotos, de modo que
pudessem usar as imagens reais como um elemento de composição nas cenas.
Para
a Feira Mundial de 1964, a Walt Disney Company criou três atrações, mas é da
It’s a Small World que nós mais nos lembramos. Embora meio ultrapassada para os
padrões atuais, em 1964, o Carousel of Progress e Great Moments with Mr.
Lincoln foram revolucionários no modo como usaram robôs e tecnologia para criar
uma atração rica em termos de temática.
Quando
se chegou à questão de criar uma cidade construída por visionários com
tecnologias avançadas, os cineastas sabiam que ela teria que ter a aparência de
uma cidade, e encontrar tal lugar não foi uma tarefa fácil. A princípio,
parecia que a Tomorrowland teria que ser construída do zero, uma proposta cara
e que levaria muito tempo. Mas foi então que em uma série de coincidências
extraordinárias, Tom Peitzman, o produtor de efeitos visuais e o coprodutor do
filme, viram um anúncio de carro logo no início da produção; o local do
comercial parecia tão futurista que ele o gravou com seu celular e mostrou ao diretor
Brad Bird. O local era a Cidade das Artes e Ciências em Valência, na Espanha, e
foi desenhada por Santiago Calatrava, cujo trabalho já estava servindo de
inspiração para o desenhista de produção Scott Chambliss. A descoberta também
se encaixava com a preferência do diretor Brad Bird por locações físicas em vez
de cenários virtuais.
Para
os cineastas, a bizarra loja de memorabilia, Estouro do Passado, foi um cenário
divertido e nostálgico de ser criado. O cenógrafo Lin MacDonald passou meses
reunindo uma enorme série de itens colecionáveis, consistindo de milhares de
peças, compradas e fabricadas pela produção, e muitos originais — alguns da
própria coleção de Brad Bird. São muitas prateleiras de gibis e itens como
pôsteres de filmes de ficção científica, um boneco original do Luke Skywalker
dos anos 1970, e até itens de Space 1999. A equipe de desenho de produção
literalmente construiu uma loja em um estúdio de som.
Desenhado
pelo ilustrador Tim Flattery do famoso Homens de Preto (Men in Black), as armas
de plasma usadas na cena da loja têm luz interativa que se espalham no
ambiente, conferindo autenticidade. As armas foram criadas com uma bateria sem
fio muito pequena, mas poderosa, que se encaixa no cabo. Assim que ator aperta
do gatilho, a arma lança luz interativa através do cano. Quando o “plasma” está
vazio, a luz vermelha se acende e, conforme a arma é recarregada, a luz volta a
ficar azul.
Um
aspecto de trabalhar com os atores-mirins, Thomas Robinson (Jovem Frank) e
Raffey Cassidy (Athena), era que se você começasse a filmar com uma criança de
11 anos no verão e não terminasse até meados do inverno, elas certamente
cresceriam, e isso inclui os dentes. Quando Raffey chegou a Vancouver pronta
para começar o trabalho, ela não tinha um dente, então tivemos que colocar uma
prótese para começar a fotografia principal. Depois, Thomas começou a perder
seus dentes, um atrás do outro. Então, as crianças passaram muito tempo fazendo
próteses dentárias, temporárias e removíveis.
A
jovem Raffey Cassidy, que interpreta Athena, passou por um treinamento de
natação, ginástica, manuseio de cabos e artes marciais, que era o principal
foco de seu treinamento, já que sua personagem briga com muita gente no filme.
A
Bridgeway Plaza levou seis meses para ser construída e era quase do tamanho de
metade de um campo de futebol. O cenário era tão gigantesco que não havia um
estúdio de som que pudesse abrigá-lo. E ainda havia a exigência de uma altura
considerável, tendo em vista o trabalho aéreo sobre o cenário e as enormes
gruas que seguraram as luzes necessárias para iluminar o cenário. Acrescentando
à complexidade estava o fato de que o cenário teria de atender a diferentes
períodos de tempo ao longo do roteiro: 1964, quando o jovem Frank faz sua
primeira visita; 1984, o período na visão de Casey, induzida pelo pin; e 2014,
quando o restante da história acontece. Isso exigiu seis semanas de intervalo
entre as filmagens para que a equipe de desenho de produção pudesse redecorar e
alterar o cenário para cada período.
O
cenário da Bridgeway Plaza tinha um monotrilho totalmente funcional (chamado de
veículo elevado de levitação). Assim que o monotrilho foi concluído e as luzes
e os vidros foram colocados, o peso chegou a quase 16 toneladas. Isso
significava que a equipe tinha que descobrir como mover em segurança o pesado
monotrilho — carregado com o elenco principal — até um trilho elevado a quase 5
metros e pará-lo exatamente na mesma posição várias vezes. Eles criaram ganchos
hidráulicos que podiam ser fechados bem rapidamente em caso de emergência, e
freios que podiam ser usados sempre que quisessem levar o monotrilho a uma
marca específica e parar, abrir a porta automaticamente e deixar o elenco sair.
O
filme iniciou a fotografia principal numa fazenda em Pincher Creek, Alberta,
onde os cineastas pagaram a um fazendeiro para plantar trigo de inverno que
tinha uma coloração especial âmbar — a visão do diretor Brad Bird da perfeição
rural. Depois, a equipe seguiu para uma fazenda em Enderby, em Okanagan na
Colúmbia Britânica, para filmar a fazenda Walker e os campos de milho, também
cultivados especialmente para a produção.
Além
dos cenários na Espanha e no Canadá, outras locações incluíram a atração “It’s
a small world” do Disneyland Park em Anaheim, na Califórnia, uma praia nas
Bahamas e uma cena da segunda unidade em Paris. No total, o filme teve mais de
90 combinações diferentes de cenários e locações, e se mudou dez vezes.
O
figurinista Jeffrey Kurland teve que vestir quase 400 figurantes no período de
1964 para as cenas do Hall das Invenções da Feira Mundial.
A
mochila a jato de 1964 criada pelo jovem Frank (Thomas Robinson) foi uma
façanha de engenharia e imaginação. Tinha 40 fixadores diferentes na borda da
mochila e estruturas de aspiradores de pó da Electrolux nas laterais. Cabos de
controle movimentam as pequenas pás atrás. Os cabos passam pelo propulsor e
seguem até as manivelas para que o ator possa controlá-lo. O propulsor foi
fixado em uma placa e podia ser facilmente removido da moldura para que Thomas
não precisasse andar com 9 quilos nas costas entre as tomadas.
Para
o departamento de adereços, criar os adereços para as diferentes épocas do
filme — 1964, 1984 e 2014 — foi um desafio. Há diferentes influências e
materiais que afetam a fabricação e o desenho dos adereços de cada época, então
cada adereço precisava ser cuidadosamente pesquisado e analisado para garantir
que a tecnologia e os materiais usados existissem na época. Depois, os
cineastas tinham que encontrar peças reais para tornar tudo mais autêntico.
Os
cineastas ficaram emocionados de ver o lançamento do foguete Maven da NASA (uma
sonda para Marte) no local do cenário do Cabo Canaveral, e vários integrantes
da produção puderam ver o lançamento de um local mais perto que a imprensa.
Para os cineastas foi um sonho que se realizou e simbolizava o futuro que o
filme inspira.






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