Carandiru
Título
Original: Carandiru
Gênero:
Drama
Duração:
146 min.
Lançamento
(Brasil): 2002
Direção:
Hector Babenco
Quando um médico resolve fazer um trabalho de
prevenção à AIDS na Casa de Detenção de São Paulo toma contato com o que, aqui
fora, temos até medo de imaginar: violência, superlotação, instalações
precárias, falta de assistência médica e jurídica, falta de tudo. Com seus mais
de sete mil detentos, merece sua fama de "inferno na terra". Porém,
nosso personagem logo percebe que, mesmo vivendo numa situação limite, os
internos não representam figuras demoníacas. Ao contrário, ele testemunha
solidariedade, organização e, acima de tudo, uma grande disposição de viver.
Misturando
estórias e personagens o filme prende e consegue seu objetivo contar um pouco
da vida daqueles que se dizem inocentes e alegam que foram provocados a terem
feito os atos que os levaram ao carandiru, um universo bem under ground onde as
regras internas são para serem respeitadas acima de tudo.
A direção de arte está muito boa não sabemos onde
foi filmado em estúdio e onde foi filmado no complexo realmente um filme bem
realizado em todo seu esplendor técnico para o deleite dos amantes da sétima
arte, viva o cinema brasileiro.
Para
conhecimento:
Baseado no livro Estação Carandiru do médico
Dráuzio Varella, de 1999, e que vendeu mais de 220 mil cópias.
A produção conta com cerca de oito (8) mil
figurantes.
Carandiru mobilizou, do roteiro pronto à primeira
cópia e lançamento, três anos de trabalho. A equipe técnica reuniu mais de 250
profissionais.
Hector Babenco escreveu, com Victor Navas e
Fernando Bonassi, nove versões do roteiro.
Para mobilizar positivamente os presos do
Carandiru, que ainda viviam em vários de seus pavilhões (só o dois e o seis
estavam desativados), a produção do filme encomendou um número especial da
revista "Viralata", supervisionada por Drauzio Varella e editada por
Paulo Garfunkel & Líbero Malavoglia.
O filme conta com 40 locações/cenários. As
locações foram todas feitas em torno da grande São Paulo e as cenas do
Carandiru foram filmadas em três lugares diferentes – na cadeia do hipódromo,
no Presídio do Carandiru, além de estúdio.
A construção dos cenários nos Estúdios da Vera
Cruz consumiu 12 semanas de intenso trabalho, com uma equipe de mais de 150
pessoas. E contou com apoio do Governo de São Paulo, através do Projeto Nova
Vera Cruz da TV Cultura e da Prefeitura de São Bernardo do Campo.
O elenco conta com 26 atores principais, 120
secundários, além de oito mil diárias de figurantes. Três meses de intenso
trabalho de ensaio qualificaram os 146 atores de maior ou menor destaque no
filme.
As tatuagens dos atores são fruto de meticuloso
trabalho da maquiadora Gabi Moraes e sua equipe. Só as tatuagens, espalhadas
pelos corpos dos protagonistas, coadjuvantes e extras, ultrapassaram 700 moldes
diferentes.
As filmagens duraram 14 semanas. "Chegamos a
construir cenários de 500 m2 ,
com reprodução de um andar inteiro do Pavilhão Nove, tudo acabado em grades de
ferro, com grafites e desenhos nas paredes", conta Babenco.
Carandiru consumiu 600 latas de negativo, o
correspondente a 72 KM
de imagens impressas. Foram utilizadas duas câmaras 35 mm . Em seqüências
especiais chegamos a filmar com até cinco câmaras.
A montagem do filme consumiu oito meses de
trabalho. Mais quatro na montagem de som. A mixagem foi feita em Nova York , durante cinco
semanas.
Três seqüências mobilizaram centenas de atores e
extras. Um dia de visita de familiares aos presos do Carandiru contou com mais
de 300 extras (homens, mulheres, adolescentes e crianças). Mesmo número
mobilizado em partida de futebol realizada no pátio do presídio. Para a
seqüência do Massacre do Carandiru, foram mobilizadas mais de mil pessoas, além
de seis cavalos, seis cães, armamento pesado e litros e litros de sangue
cenográfico.
A Casa de Detenção de São Paulo, conhecida
popularmente como Presídio do Carandiru, foi inaugurada em 1956 pelo então
prefeito Jânio Quadros. Passaram-se 46 anos até que, em oito de dezembro de
2002, o governador Geraldo Alckmin comandou, pessoalmente, a implosão de três
de seus pavilhões. Bastaram oito
segundos para que paredes, celas e solitárias se
transformassem em pó. E
abrissem espaço para a construção de complexo de lazer e cultura, denominado Parque
da Juventude. A equipe de Babenco registrou a implosão com oito câmaras. As
imagens encerram o filme.
Milton Gonçalves trabalhou tambem com Babenco em Lúcio Flávio , o
Passageiro da Agonia e O Beijo da Mulher Aranha.
R$ 9,5 milhões total arrecadado por Carandiru em
dez dias de exibição 468.293 público do primeiro fim de semana de Carandiru.
Desde 1990, a
maior bilheteria de abertura de filme nacional era Lua de Cristal (1990), com
360 mil espectadores.






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