quinta-feira, 20 de março de 2014

Última Estação...


Carandiru




Título Original: Carandiru
Gênero: Drama
Duração: 146 min.
Lançamento (Brasil): 2002
Direção: Hector Babenco

Quando um médico resolve fazer um trabalho de prevenção à AIDS na Casa de Detenção de São Paulo toma contato com o que, aqui fora, temos até medo de imaginar: violência, superlotação, instalações precárias, falta de assistência médica e jurídica, falta de tudo. Com seus mais de sete mil detentos, merece sua fama de "inferno na terra". Porém, nosso personagem logo percebe que, mesmo vivendo numa situação limite, os internos não representam figuras demoníacas. Ao contrário, ele testemunha solidariedade, organização e, acima de tudo, uma grande disposição de viver.




Misturando estórias e personagens o filme prende e consegue seu objetivo contar um pouco da vida daqueles que se dizem inocentes e alegam que foram provocados a terem feito os atos que os levaram ao carandiru, um universo bem under ground onde as regras internas são para serem respeitadas acima de tudo.




A direção de arte está muito boa não sabemos onde foi filmado em estúdio e onde foi filmado no complexo realmente um filme bem realizado em todo seu esplendor técnico para o deleite dos amantes da sétima arte, viva o cinema brasileiro.





Para conhecimento:

Baseado no livro Estação Carandiru do médico Dráuzio Varella, de 1999, e que vendeu mais de 220 mil cópias.

A produção conta com cerca de oito (8) mil figurantes.

Carandiru mobilizou, do roteiro pronto à primeira cópia e lançamento, três anos de trabalho. A equipe técnica reuniu mais de 250 profissionais.

Hector Babenco escreveu, com Victor Navas e Fernando Bonassi, nove versões do roteiro.

Para mobilizar positivamente os presos do Carandiru, que ainda viviam em vários de seus pavilhões (só o dois e o seis estavam desativados), a produção do filme encomendou um número especial da revista "Viralata", supervisionada por Drauzio Varella e editada por Paulo Garfunkel & Líbero Malavoglia.

O filme conta com 40 locações/cenários. As locações foram todas feitas em torno da grande São Paulo e as cenas do Carandiru foram filmadas em três lugares diferentes – na cadeia do hipódromo, no Presídio do Carandiru, além de estúdio.

A construção dos cenários nos Estúdios da Vera Cruz consumiu 12 semanas de intenso trabalho, com uma equipe de mais de 150 pessoas. E contou com apoio do Governo de São Paulo, através do Projeto Nova Vera Cruz da TV Cultura e da Prefeitura de São Bernardo do Campo.

O elenco conta com 26 atores principais, 120 secundários, além de oito mil diárias de figurantes. Três meses de intenso trabalho de ensaio qualificaram os 146 atores de maior ou menor destaque no filme.

As tatuagens dos atores são fruto de meticuloso trabalho da maquiadora Gabi Moraes e sua equipe. Só as tatuagens, espalhadas pelos corpos dos protagonistas, coadjuvantes e extras, ultrapassaram 700 moldes diferentes.




As filmagens duraram 14 semanas. "Chegamos a construir cenários de 500 m2, com reprodução de um andar inteiro do Pavilhão Nove, tudo acabado em grades de ferro, com grafites e desenhos nas paredes", conta Babenco.

Carandiru consumiu 600 latas de negativo, o correspondente a 72 KM de imagens impressas. Foram utilizadas duas câmaras 35 mm. Em seqüências especiais chegamos a filmar com até cinco câmaras.

A montagem do filme consumiu oito meses de trabalho. Mais quatro na montagem de som. A mixagem foi feita em Nova York, durante cinco semanas.

Três seqüências mobilizaram centenas de atores e extras. Um dia de visita de familiares aos presos do Carandiru contou com mais de 300 extras (homens, mulheres, adolescentes e crianças). Mesmo número mobilizado em partida de futebol realizada no pátio do presídio. Para a seqüência do Massacre do Carandiru, foram mobilizadas mais de mil pessoas, além de seis cavalos, seis cães, armamento pesado e litros e litros de sangue cenográfico.

A Casa de Detenção de São Paulo, conhecida popularmente como Presídio do Carandiru, foi inaugurada em 1956 pelo então prefeito Jânio Quadros. Passaram-se 46 anos até que, em oito de dezembro de 2002, o governador Geraldo Alckmin comandou, pessoalmente, a implosão de três de seus pavilhões. Bastaram oito
segundos para que paredes, celas e solitárias se transformassem em pó. E abrissem espaço para a construção de complexo de lazer e cultura, denominado Parque da Juventude. A equipe de Babenco registrou a implosão com oito câmaras. As imagens encerram o filme.

Milton Gonçalves trabalhou tambem com Babenco em Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia e O Beijo da Mulher Aranha.

R$ 9,5 milhões total arrecadado por Carandiru em dez dias de exibição 468.293 público do primeiro fim de semana de Carandiru. Desde 1990, a maior bilheteria de abertura de filme nacional era Lua de Cristal (1990), com 360 mil espectadores.




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